Livro

Ao Poeta

Nesta página reunimos manifestações escritas ao poeta por pessoas que tiveram o prazer de conhecê-lo.
 
 
De sua filha poetisa:
 
 
O FLAMBOYANT DO POETA
Luiza Alice Campos Calegari
03/12/1991
 



Formoso e florido flamboyant,

Já te cantou o Poeta um dia.

Um dia de Primavera.

Descreveu-te lindo, como só ele fazia.

Ao passar por aqui, vendo-te,

Lembro a poesia,

Lembro o Poeta...

Tuas flores se abrem lindas:

Matizadas, cheirosas, coloridas...

Cobrem teus galhos:

“Como uma veste esplendorosa,

Que só a natureza tece”.

Aos teus pés, flores caídas

Continuam enfeitando ainda

Esta paisagem bela.

Como és altivo! Como és frondoso!

És uma sinfonia visual,

Uma saudação à Primavera

Que se repete há anos.

Ao teu lado, o tempo não passa,

Tens um estranho poder de atração.

Tu estás aqui, flamboyant,

Parece que me olhas! ...

Tu estás aqui...

E o Poeta, onde está?

O Poeta deve estar olhando-te agora.

Ele te cantou um dia:

Tuas flores, tuas cores, teu destino.

O Poeta sabe que agora é Primavera.

Ele sabe que estás lindo...

O Poeta partiu

E era Primavera!

Mas sei que antes de partir

Pôde ver-te ainda.

E deve ter sorrido...

E deve ter amado...

Flamboyant, sabes por que eu sei

Assim desse Poeta?

Esse Poeta, flamboyant,

É o meu pai querido

 
 




 
 
 
De sua afilhada, um poema:
 
 
 
 
 
Ao Padrinho Poeta

Gildéia Carvalho Lobo*

  

Na pequenez do meu ser

sem entender, sem falar

tu prometeste por mim

perante aquele altar

diante daquela pia

uma fé inabalável

no Deus que eu não conhecia.

 

Na minha mão pequenina

colocaste a luz de Deus

presente na vela acesa

entre meus dedos e os teus.

 

Momentos cheios de preces

de santa transformação

junto a luz do Senhor

que vinha da tua mão

deixastes passar pra mim

um pouquinho deste dom

de fazer versos assim.

 

Eu te respeito e admiro

não só porque és meu tio

para mim és muito mais

visto que sendo padrinho

és um pouquinho de  pai.

 
 
*afilhada e sobrinha do poeta, filha da sua irmã Maria de Lourdes.

 








O manifesto da amiga Elenir Travaglia:

 

Ao Sr. Mário Morcerf Campos

Elenir Travaglia

 

Por que se calam as pessoas?

Por que se apagam os sorrisos?

Por que se vão exatamente aqueles

que deveriam ser eternos

por possuírem dentro de si

fonte inesgotável de ensinamentos?

 

Assim era o Sr. “seu” Mário ...

Calou-se a voz, apagou-se o sorriso,

seus olhos adormeceram levando consigo

a alegria de ver além das paisagens,

além das coisas materiais

buscando sempre no âmago da existência,

a razão de tudo.

 
 
Até suas palavras não poderão mais ser ouvidas

Mas a gente as escuta ainda, como num eco,

através do que foi dito outros tempos, outra hora,

quando brilhava em seu olhar

a certeza de que a poesia era o sonho oferecido

pela vida.

  

Feliz daqueles que entenderam sua mensagem

simples e profunda.

  

E se dizem, todo homem para se realizar

precisa escrever um livro e plantar uma arvore,

eu digo, magnífico foi o livro que o senhor

deixou escrito.

Não em palavras nas páginas de um pergaminho,

mas perpetuado pela nobreza de sua alma,

pelo seu caráter, e, sobretudo por ter conseguido

na sua ida, deixar um legado,

não só para a sua família, mas principalmente

para nós castelenses, de ensinamentos

que só as pessoas privilegiadas conseguem deixar,

como um exemplo através da sua simplicidade,

mostrando mais uma vez

que de pouco valem as coisa inúteis

comparadas à grandeza das pessoas que

conseguem se elevar pelo simples fato de

serem gente!

 

 

 
 
 

Um comentário:

  1. Que maravilha por ter saber que minha querida professora da 3ª série na escola Nestor Gomes, é filha do Sr. Mário Morcerf Campos!!!!!
    Professora querida, com a qual aprendi desde pequena a desenvolver o gosto pela leitura.
    Se conhece o valor de um homem pelo legado dos filhos!!!!Parabéns Dona Luiza Alice. Obrigada por tudo.
    Deus a abençoe sempre. Abraços
    Sandra Ribeiro da Silva Ambrosim

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